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Cortes de carne e suas origens: a influência cultural na culinária 

O brasileiro é conhecido por alguns hábitos particulares de excelência, como o futebol, o samba e o churrasco. Em muitas famílias, preparar uma bela picanha bovina na brasa em pleno domingo à tarde é uma tradição de longa data, e mesmo com cortes de carne de menor qualidade, o resultado não decepciona para quem é fã de um bom churrasco.

Embora uma pesquisa do Ibope de 2018 tenha apontado que, até 2023, cerca de 20% da população brasileira seria vegetariana, o consumo de carne continua em alta. A volta de preços mais atrativos no mercado, e a preferência pelo alimento considerado altamente nutritivo faz com que quem ame um bom pedaço de carne invista em diferentes formas de preparo. 

Neste artigo, você conhecerá um pouco mais sobre os tipos de corte de carne existentes, a relação com a qualidade do alimento e a influência cultural por trás de cada um deles. Hoje em dia já é possível encontrar açougues veganos ou cortes de carne vegetal similares aos convencionais para quem quer conhecer o universo aos poucos.

Principais tipos de cortes 

Quando falamos em carnes, estamos nos referindo a um vasto universo. Cada região do mundo estabelece uma relação com esse alimento em função da facilidade de criação de animais, geolocalização e, claro, tradições religiosas e culturais de longa data.

Carnes bovinas

Em relação às carnes bovinas, existem três grupos de cortes, classificados conforme a qualidade de sabor, textura e quantidade total de gordura, conforme a parte do animal que o corte foi feito.

  • Cortes de primeira: são os cortes mais indicados para churrasco e assados, como filé mignon, picanha, maminha, lagarto e contrafilé.
  • Cortes de segunda: são carnes mais duras, portanto indicadas para cozidos e outros preparos mais lentos, incluindo costela, fraldinha, acém e paleta.
  • Cortes de terceira: os cortes de terceira são agrupados pela alta quantidade de gordura e nervos, como músculo, pescoço e ponta-de-agulha.

Carnes de frango ou aves

As carnes brancas podem ser derivadas de aves como galinhas e patos. O tipo de criação, a alimentação e a idade do animal influenciam diretamente na qualidade da carne. Diferentemente da carne de gado, a carne de frango é dividida apenas em dois grupos: 

  • cortes nobres: peito de frango, asa, coxa e sobrecoxa;
  • cortes não nobres: pescoço, pé e miúdos de frango.

A origem dos principais cortes de carne de cada cultura

Na gastronomia tradicional, os cortes nobres são exaltados em receitas que destacam as características desse tipo de carne, como maciez, textura e sabor. Entretanto, diversos fatores influenciam na escolha do tipo de corte de carne consumido, até mesmo derivando de acesso econômico a esse tipo de alimento.

Cortes de carne no Oriente e Mediterrâneo

Em países do Oriente e da Região Mediterrânea, o consumo de carne de cordeiro é bastante difundido. Ao observar pratos típicos como Kebab ou Kibe é possível identificar o uso de cortes medianos, já que a carne é consumida aos pedaços, em espetos, e o tempero tem papel de extrema importância no sabor final. 

Cortes de carne no Ocidente

Principalmente na América do Norte, cortes como o bife são bastante comuns. Tanto no preparo de alimentos, como hambúrgueres, quanto no uso em ensopados, os cortes mais macios favorecem a praticidade e refletem o contexto econômico desses países.

Cortes de carne na Ásia

Muitos países da Ásia dependem da exportação de carnes de outros lugares do mundo, e isso faz com que a presença de cortes de carne de gado, por exemplo, sejam menos comuns e mais caros. Em países como o Japão, o uso dos tradicionais hashis no lugar de talheres como garfo e faca indicam um respeito pelo alimento e também influenciam no tipo de carne consumida.

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