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Entenda porque a letra dos médicos é difícil de ler

Decifrar a letra dos médicos é um desafio, tanto que muitos deles já preferem aproveitar as tecnologias e, à mão, colocar apenas sua assinatura abaixo do carimbo.

Os farmacêuticos já estão um pouco mais acostumados com essa missão, mas, se não entenderem o que foi solicitado, podem pedir ao paciente que retorne ao médico e peça uma nova receita.

Possíveis explicações para a letra ilegível

Quem tem dúvidas sobre como ser médico residente já deve se preparar para lidar com a caligrafia dos médicos ou adotar um meio digital para evitar confusão durante os plantões. 

Afinal, o Código de Ética de Medicina prevê punições para o profissional em casos de receitas ilegíveis. E qual seria a explicação para a letra dos médicos ser tão difícil de ler? 

Rotina agitada

A rotina dos médicos é agitada desde quando começam a estudar, assim, uma explicação para a letra difícil de ler seria essa. Afinal, eles precisam ser rápidos na anotação dos conteúdos e, na rotina de atendimentos, dos prontuários e receitas.

Hoje, como o uso dos celulares, tablets e a facilidade de estar perto de impressoras, muitos médicos optam por fazer as anotações e gerar receitas direto no computador, em programas próprios para isso.

Técnicas de escrita rápida

Outra possível explicação para a letra difícil de compreender envolve as técnicas de escrita rápida. E essa questão está diretamente relacionada com a rotina agitada desde a época dos primeiros estudos na faculdade de medicina. 

Como precisam anotar tudo rapidamente, os médicos desenvolvem técnicas de escrita rápida, o problema é que, em alguns casos, nem eles mesmos entendem o que foi escrito.

Rapidez exigida no atendimento

As consultas médicas costumam ter tempo determinado, assim como o atendimento aos pacientes internados em hospitais. Dessa forma, os médicos precisam prescrever os medicamentos rapidamente para seguir para o próximo paciente, o que pode explicar a letra mais difícil de ler.

Questões do tempo dos boticários

No tempo dos boticários, quando os remédios não eram comprados prontos, mas feitos a partir de ingredientes indicados pelos médicos, acredita-se que a letra destes deveria ser ilegível para qualquer pessoa leiga.

A ideia era que apenas os boticários conseguissem entender o que estava escrito, evitando assim que pessoas sem conhecimento sobre ervas medicinais se arriscassem a criar medicamentos ou se automedicar.

As leis e a caligrafia dos médicos

O Código de Ética Médico é a principal lei que fala sobre a caligrafia dos médicos. Segundo o Artigo 11, “é vedado ao médico receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu número de registro no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos”.

Além disso, o Artigo 35 da Lei Federal 5.991, de 1973, afirma que uma receita médica só será considerada válida caso: 

  • “I – seja escrita no vernáculo, redigida sem abreviações e de forma legível e que observe a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais; 
  • II – contenha o nome e o endereço residencial do paciente e, expressamente, o modo de usar a medicação; e 
  • III – contenha a data e a assinatura do profissional de saúde, o endereço do seu consultório ou da sua residência e o seu número de inscrição no conselho profissional”.

Outra lei importante, que protege os profissionais de farmácia e lhes dá o direito de recusar a liberação de medicações, é a Lei 13.021/2014. No artigo 14 é dito que “cabe ao farmacêutico, na dispensação de medicamentos, visando a garantir a eficácia e a segurança da terapêutica prescrita, observar os aspectos técnicos e legais do receituário”.

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